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Panteão Celta: Cernunnos

  • Foto do escritor: Admin
    Admin
  • 4 de jan. de 2017
  • 2 min de leitura

Cernunnos

O escolhido de hoje é um dos Deuses mais famosos fora do universo pagão. Cernunnos. Seu nome se pronuncia Kernunnos. 10 entre 10 pessoas que não tem conhecimento sobre o assunto associa essa divindade ao demônio. A razão? Cernunnos ou o Deus Cornífero é descrito como um ser com cabeça humana, chifres, orelhas e pernas de cervo. A mera menção aos chifres já é o suficiente para tamanha demonização. Pois bem...

Cernunnos é, quase com certeza, a divindade mais antiga do Panteão Celta. A mais antiga e uma das mais veneradas. O Deus de Chifres, como também é chamado, é o Senhor dos Animais, deus da fertilidade e abundancia e é ele quem regula as colheitas.

A primeira representação conhecida que se tem notícia está em uma gravação sobre rocha, datada do século VI a.C, e foi encontrada no norte da Itália. Ali ele j á aparecia com a forma como é conhecido hoje, além de dois torques em cada braço. Um torque é como um colar torcido que tem as extremidades em forma de argola, e era usado como um atributo de realeza e poder, utilizado pelos grandes líderes ou pelos guerreiros que mais se destacassem. Ainda na imagem de Cernunnos, havia uma serpente ao seu lado. Existem ainda imagens semelhantes espalhadas por toda a Europa. Ele é representado, frequentemente , na companhia de animais, principalmente serpentes, touros e cervos.

Caldeirão de Gundestrup

Sua imagem mais famosa não é a primeira encontrada. Um caldeirão de prata foi descoberto, partido em cinco pedaços, na Dinamarca. O caldeirão de Gundestrup foi restaurado, e nele Cernunnos aparece sentado de pernas cruzadas, com um torque no pescoço, outro na mão direita e com uma serpente na mão esquerda.

Agora vamos ao porquê dos chifres. Na antiguidade, os chifres nos animais eram associados à maior virilidade, força e capacidade de sobrevivência. O cervo com a maior galhada é o mais apto a conseguir acasalar e gerar descendentes. Os deuses com chifres sempre foram identificados como grande fonte de sabedoria e poder.

Cernunnos é, diversas vezes, associado à Pan, o Deus Cornífero do Panteão Grego, o que não é problema algum, visto que há várias representações do deus de chifres em mais de um panteão.

A lenda diz que o deus, símbolo da energia solar, nasceu da Deusa, símbolo da energia lunar, trazendo consigo os atributos mais bonitos vindos da Grande Mãe. Ele cresce, se torna adulto e se apaixona pela Deusa jovem, eles se amam e ela fica grávida. No inverno, ele morre e, quando a Deusa dá a luz, ele renasce novamente, fechando o ciclo e começando um novo.

Guardião dos bosques, da entradas e do círculo mágico, rei do carvalho e senhor das matas, Cernunnos é o deus que morre e sempre renasce. Da mesma forma que o sol nasce e se põe, todos os dias, Cernunnos vem nos ensinar, com seus ciclos de morte e vida, que esse é o princípio mais básico da nossa existência

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© No Reino de Brigantia | Por Thuane D'Brigantia

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